terça-feira, 30 de novembro de 2010

Aconteceu





Festa de Natal – Colcha de Retalhos


Durante o mês de dezembro a Cia. Vida apresentou em Maricá seu espetáculo de fim de ano, o “Colcha de Retalhos”. Espetáculo este que contou com a participação de mais de cinqüenta e seis artistas, entre eles alunos e professores das diferentes turmas de artes da Cia, e foi prestigiado por mais de trezentas pessoas. O espetáculo trata-se de uma festa de natal, onde vários personagens de diferentes espetáculos da Cia Vida se encontram para prestigiar as diversas apresentações de teatro e dança, sempre transmitindo mensagens de fé, esperança e valores morais, com muito humor, carinho e bastante arte.

Para ver mais sobre o espetáculo, como, ficha técnica, elenco e as fotografias basta clicar no link abaixo.

Para ver as fotos do espetáculo clique aqui!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Aconteceu


O espetáculo "7 Chaves para um Sonho" 




Durante o mês de outubro, esteve em cartaz o espetáculo “7 Chaves para um Sonho” escrito por Marília Danny e Ederson Porto, baseado na obra de Maria do Amparo Caetano, o livro “Jacinto Luis Caetano – 100 anos de História”. O espetáculo contou como elenco os atores da Cia vida de Teatro e Dança e alguns dos músicos da orquestra da Viação Nossa Senhora do Amparo, que sobre a direção de Marília Danny, realizaram as apresentações em um espaço bastante diferente e original, uma lona de circo montada na garagem da empresa de ônibus. De formato bem simples, o espetáculo apresentou ao seu publico a história de Jacinto Luis Caetano, idealizador e fundador da Viação Nossa Senhora do Amparo, unindo as linguagens: teatro, circo e música.. Em suas 15 apresentações o espetáculo contou com um publico de mais de mil e oitocentas crianças. O objetivo do espetáculo era incentivar as crianças a participarem do Concurso de Redação que a Empresa promove todo o ano. O tema era "Como fazer para realizar um sonho", e a vida de Jacintho luiz Caetano estava repleta de informações a esse respeito. O sucesso já estava garantido pelo protagonista.

Em breve estará disponível um breve resumo do trabalho, que é uma pequena parte do projeto de pesquisa proposto pela Cia Vida como um dos seus objetivos enquanto Ponto de Cultura na cidade de Maricá, para a montagem do espetáculo  “Maricá Mostra a sua Cara”.



terça-feira, 28 de setembro de 2010

Karate Kid 2010 e o Kung Fu

Equipe Simbolus e Equipe Cia. Vida

No sábado do dia 3 de setembro, os alunos da turma de Kung Fu da Cia. Vida, em conjunto com os alunos de Kung Fu da academia Símbolus, foram ao cinema em Niterói para assistir ao novo filme de Artes Marciais “ Karate Kid 2010”. A excursão contou com a coordenação do Mestre Leandro Cardoso e os alunos estiveram sob a supervisão dos instrutores Ederson Porto e Raphael Constantino. O filme trata-se de uma remontagem do original ‘Karate Kid’ de 1984, porém com elenco 100% renovado e com alguns fatos do filme alterados como por exemplo, o fato de que o garoto que protagoniza o filme (antigo Daniel San) ao invés de aprender o Karate, como no filme original,  ele é levado a China, onde aprende as técnicas do tradicional Kung Fu, para se livrar de alguns valentões que o persegue durante todo o filme.
O filme conta com a participação de Jaden Smith (filho do ator de cinema Will Smith) no personagem de Andrew e do ilustre ator de filmes de luta, Jack Chan no papel do zelador Han (atigo personagem do imortal senhor Miag).
A Cia. Vida recomenda!

Aproveitando o assunto segue abaixo uma matéria sobre o Kung Fu, publicada no jornal ‘Culturaarten’ de Maricá no mês de julho deste ano, por um dos nossos sócios fundadores, Ederson Porto;



O KUNG FU

A Arte da caligrafia é uma das habilidades estudadas nas Artes Marciais

O Kung Fu surgiu na China por causa da necessidade dos monges Shaolins se defenderem de ladrões e saqueadores que freqüentemente invadiam os templos e violentavam os monges que nele habitavam. Unindo uma ginástica indiana ensinada por um monge peregrino chamado Bodhidharma aos movimentos de diferentes animais, os shaolins criaram o mais complexo sistema de auto defesa conhecido, o Kung Fu Shaolin. Hoje em dia, existem catalogados mais de cinco mil diferentes estilos de Kung Fu em todo o mundo e seus exercícios e técnicas mudam de acordo com o local em que são praticados, animais nos quais as técnicas se baseiam e as metodologias de aplicação de seus mestres. Entretanto, as tradições, principais técnicas, cultura e ideologias são as mesmas em todos os estilos de Kung Fu e é isto que os mantém unidos, tornando o Kung Fu uma das artes marciais mais praticadas no mundo. 
Além da sua principal característica como forma de defesa (com mãos livres ou armas brancas como espadas, facas e bastões), o Kung Fu possui muitos outros valores, que vão desde a sua prática pedagógica como instrumento de ensino-aprendizagem a modalidade esportiva de nível olímpico, além é claro do seu valor histórico, artístico e cultural, que tornam essa arte uma herança de valor inestimável para a humanidade. 

sábado, 7 de agosto de 2010

O Risco nas artes cênicas

É muito comum enquanto assistimos a um espetáculo teatral ou um numero circense nos pegarmos de boca aberta, unhas cravadas nas poltronas e com o coração batendo a mil enquanto os artistas em palco realizam movimentos inesperados, saltos potencialmente mortais ou gestos acrobáticos que desafiam as leis da física. Isto acontece porque a ação que está acontecendo no palco faz com que venhamos a nos sentir fora do lugar comum, enxergamos os artistas realizando feitos incomuns enquanto em cena e nos imaginamos em seus lugares, logo temos a impressão de sentir as mesmas sensações que eles, como vertigem, medo, adrenalina, etc. Um dos principais motivos é o fato de o artista em cena conseguir realizar coisas que as pessoas normalmente não conseguem fazer. O artista de circo anda na corda bamba, salta de um trapézio ao outro, lança facas na direção de outra pessoa e é lançado de canhões como verdadeiros homens bala. O ator enquanto representa faz movimentos inesperados com seu corpo e vive situações extremas em cena: morre, nasce, se apaixona, vive outras vidas e faz coisas que normalmente seriam impossíveis. O mesmo acontece com outras modalidades de arte como a dança, por exemplo, os bailarinos saltam dão piruetas, rolam no chão e carregam uns aos outros desafiando as leis da gravidade. Tudo isso, embora muitas vezes venha cercado de uma atmosfera mística, é na verdade resultado de muito treino, dedicação e estudo, através de métodos seguros e muitas vezes científicos.
Os atores, enquanto em treinamento, dedicam horas de treinos extenuantes, se movimentando de formas diferentes, estudando a fundo a relação do seu corpo com o meio ao seu redor, com as pessoas que o cercam e também a relação que tem com seu próprio corpo. O mesmo acontece com os bailarinos que investem horas de estudo dos seus movimentos para reproduzi-los com perfeição dentro de um corpo de baile, ou mesmo enquanto solo, executá-los com vigor interpretativo. Inevitavelmente o publico sensível aquela arte vem a sentir-se impressionado, comovido ou até mesmo incomodado como trabalho apresentado pelo artista em cena. Talvez seja este um dos motivos que desde o período da Grécia antiga motiva as pessoas a encher os teatros até os dias de hoje, para apreciar o empenho destes artistas, sair do lugar comum e nos encontrarmos de olhos arregalados e unhas cravadas nas poltronas.


Por: Ederson Porto

domingo, 20 de junho de 2010

Aconteceu


Espetáculo S. Contos de Tchekhov

No ultimo sábado dia 12 de junho, os sócios fundadores Ederson Porto, Alisson Jardel e Carolina Mello estiveram na UniRio para prestigiar o trabalho do ator e também sócio fundador da Cia Vida, Bruno Henríquez, na apresentação teatral de ‘S. Contos de Tchekhov’, trabalho  desenvolvido por alunos e professores do curso de artes cênicas da universidade. O espetáculo que tem concepção e direção de Marcela Andrade, foi montado a partir de partes de sete contos de Anton Tchekhov, escritor russo que viveu de 1860 a 1904.  Para a montagem foram escolhidos textos e imagens que foram recortados, combinados e transformados de forma que livremente misturam a literatura com teatro. O trabalho que levou cinco meses em processo de montagem estará em cartaz de 10 a 22 de junho de 2010, na Sala Paschoal Carlos Magno (Palcão) da escola de teatro da UniRio (Urca, Rio de Janeiro). A entrada é franca e a Cia Vida recomenda.

Por: Cia Vida
Foto: Roberta Dittz         

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Aconteceu





KUNG FU - Acampamento e exame de faixa

Nos dias 29 e 30 de maio, aconteceu o 15º acampamento para exame de faixas das turmas de Kung Fu no Camping Fazenda Maricá, na cidade de Maricá (RJ) sob as instrução e coordenação do Instrutor Mestre e professor de Educação Física Leandro Cardoso. Esta última edição do acampamento contou com a participação de onze artistas marciais, entre eles os sócios fundadores Ederson Porto (Instrutor Faixa Preta responsável pela modalidade na Cia vida) e Paulo Ernani (Bailarino do Teatro Municipal e faixa laranja na turma de Kung Fu da Cia Vida). Sendo Paulo o diretor técnico do setor de dança da Cia Vida, ele demonstrou confiança e credibilidade no trabalho desenvolvido pelos coordenadores do Kung Fu Sheng Chuan de Maricá ao autorizar que seu filho Lucas Danny de quinze anos (também faixa laranja da Cia Vida) participasse das atividades no acampamento. Além do aperfeiçoamento das técnicas de luta e da avaliação de conhecimento e disciplina, os participantes do camping puderam contar com a instrução de técnicas de sobrevivência, arvorismo, trabalho cooperativo e circuitos de exercícios de resistência. Apesar da dificuldade das diversas atividades às quais foram expostos, como acordar de madrugada para treinar, fazer revezamento em rondas noturnas, ter alimentação racionada e responder a uma série de códigos hierárquicos, todos os alunos submetidos ao teste foram aprovados. Parabéns aos alunos da Cia Vida e da academia Simbolus que trabalharam em cooperação para mais uma conquista.
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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Aconteceu



Corujão da Poesia e da Música

No dia 24 de maio, aconteceu no ‘Botequim Conversa Fiada’ em Niterói mais um corujão da poesia, evento este, que acontece quinzenalmente em Niterói. Sendo o evento um ponto de encontro entre diversos artistas, músicos e poetas, não era de se espantar que a Cia Vida estivesse presente. Compareceram ao Corujão os sócios fundadores Priscila Danny, Ederson Porto, Carolina Mello e Alisson Jardel. O Corujão de Niteroi conta com um palco livre onde os presentes podem demonstrar suas performances artísticas através da música e da interpretação de poesias e obras literárias. Os presentes puderam prestigiar entre diversos artistas, o trabalho de Priscila Danny e Roberta Dittz, que tratou-se de uma excelente interpretação dos versos “Pela força dos movimentos no tempo” e "Apontes", compostos por Priscila acompanhada da composição musical "Novo Canto" de Roberta ao violão. Os demais artistas presentes aplaudiram de pé.
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Por Cia Vida
foto: Vitor Vogel

Aconteceu



Aniversário da Cia. VIDA de Teatro e Dança

No dia 21 de abril aconteceu no Restaurante Maria do Céu (Maricá, RJ) a festa em comemoração aos cinco anos de aniversário da Cia. VIDA de Teatro e Dança com muita música e apresentações de trabalhos realizados pelos alunos e professores. Sendo um sucesso, o evento pôde contar com a presença de mais de duzentas pessoas entre elenco e expectadores, que assistiram à apresentação da peça “Vida de Circo”. O trabalho, preparado especialmente para a comemoração, relata os cinco anos da Cia. de forma divertida e humorada, sob a ótica de palhaços que utilizam diversos elementos da cultura circense, como a perna de pau, o malabarismo e as acrobacias em tecido. Os presentes puderam assistir também às cenas gravadas em DVD do espetáculo “Tangos e Boleros” em um telão, e a uma das coreografias do espetáculo apresentada ao vivo no meio do salão de dança do restaurante. As crianças também marcaram presença com uma bonita apresentação de dança coreografada pela professora e sócio fundadora Patrícia Paes, representando o valor da leitura na infância. Ao final da festa, os convidados assistiram às coreografias da turma de Dança de Salão, coordenada pelo Prof. Moreira, e em seguida aproveitaram para dançar também. Dentre os convidados, contamos com a presença de Geo Britto, coordenador do Centro do Teatro do Oprimido no Rio de Janeiro.
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Por Cia Vida
foto: Guilherme Muniz

terça-feira, 13 de abril de 2010

Perna de Pau

Dando continuidade ao assunto abordado na ultima matéria (tecido acrobático), falaremos este mês sobre outra modalidade circense bastante antiga conhecida como “Perna de Pau”, que a alguns séculos vem transformando pequenos em gigantes. O termo “perna de pau” que no meio popular é conhecido como uma forma de se chamar aquele que não tem intimidade com a bola (termo usado normalmente no futebol), no meio circense serve para dar nome a uma modalidade e conseqüentemente ao aparelho usado para a mesma. A perna de pau (aparelho) baseia-se em uma estrutura de madeira ou metal com apoios para os pés onde o seu praticante pode além de apoiar os pés segurar-se em uma extensão do próprio aparelho (mais fácil) ou uma outra versão da perna de pau onde além do apoio para os pés existe uma presilha ou velcro que prende o a perna de pau a perna do seu praticante não tendo a extensão para que o mesmo a segure com as mãos (mais difícil). Durante as tardes de sábado do mês de Abril, alguns alunos da Cia. Vida de Teatro e Dança aprenderam a andar e a praticar o uso da perna de pau na praça Orlando Barros Pimentel no centro de Maricá, sobre as orientações do professor de educação física e também estudante de teatro, Alisson Jardel, que também ensinou os alunos a produzirem suas próprias pernas de pau em uma oficina de montagem que aconteceu minutos antes dos alunos irem para o estudo da pratica na rua. A pratica da perna de pau além de ser muito divertida, é uma excelente maneira de se exercitar de forma lúdica, trabalhando principalmente o equilíbrio, a coordenação motora, o ritmo, a noção espaço temporal a e a consciência do próprio corpo e seus movimentos. Para mais informações sobre este e outros eventos visite o site: www.ciavida.com.br
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Por Ederson Porto
foto: Cia Vida

terça-feira, 30 de março de 2010

O Tecido Acrobático


Este mês o blog vem para falar sobre um arte muito comum no meio circense: O tecido acrobático. Para quem ainda não conhece, o tecido acrobático trata-se de uma tira larga e comprida de tecido que é dividido ao meio exatamente no ponto em que é fixado ao teto ou (dependendo do lugar em que for praticado) em uma estrutura de metal móvel, dessas usadas dentro dos circos, possibilitando que ela seja desmontada para ser transportada de um lugar para o outro. Originalmente um dos principais tecidos utilizados para esta pratica era a seda, mas hoje são utilizados diversos tipos de tecidos sintéticos ou de algodão. O importante é que além de bonito, por questão de segurança, o tecido tem de ser capaz de suportar no mínimo quatro vezes o peso do seu praticante. Existem diversas teorias sobre a origem dessa modalidade, a mais antiga e baseada é baseada em desenhos esculpidos em vasos chineses supostamente feitos por volta do ano 600 d. C. onde pessoas realizavam movimentos penduradas em tecidos. Já a teoria mais recente diz que esta pratica surgiu em Berlim (Alemanha), dentro dos cabarés de luxo onde os artistas demonstravam-se pendurados em cortinas. Independente a sua origem, fato é, que cada vez mais as acrobacias em tecido tem ganhado um espaço notável, não só no circo contemporâneo, mas também em danceterias, festas, espetáculos teatrais e na televisão. Seja por uma questão artística ou simplesmente recreativa, as acrobacias com o tecido trazem muitos benefícios para seu praticante como ganho de força, flexibilidade, agilidade, coordenação motora, consciência corporal. Apesar de algumas acrobacias serem apresentadas a vários metros de altura, para o iniciante o aprendizado começa a apenas um metro do solo. Quem quiser ver um pouco da movimentação básica desta modalidade poderá assistir o espetáculo ‘Vida de Circo’ que será produzido pela Cia. vida de Teatro e Dança apresentado no mês de abril no evento "Arte em Cena" em comemoração ao aniversario da companhia. Este espetáculo faz uma retrospectiva dos trabalhos apresentados nos ultimo cinco anos da companhia, onde as historias são contadas por palhaços de uma forma bem divertida e humorada. Quem se interessar pode procurar a Cia. Vida para mais informações.
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Visite também o site: http://www.ciavida.com.br/
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Postado por: Ederson Porto
foto: Cia Vida

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Teatro... Mais que uma arte, uma ferramenta para o ser humano.



Está enganado aquele que acha que aulas de teatro só servem para quem pretende ou sonha em ser um ator! Muito pelo contrario. Arrisco-me a dizer que é muito pequena a porcentagem de pessoas que estudam ou estudaram teatro e seguiram ou pretendem seguir carreira como atores. Bem, mas então para que serve um curso de teatro? A resposta é obvia embora não seja muito simples: para aprender a interpretar! Quando digo “interpretar” não me refiro diretamente a imitar ser alguém que não se é, mas sim a entender a arte da interpretação como um todo. Começamos primeiro por entender o que acontece durante as aulas de teatro e depois pensar em como aproveitar os benefícios que estes novos ensinamentos podem nos trazer como seres sociais. Só depois disto então (o que normalmente leva bastante tempo) poderemos pensar em como utilizar estes novos conhecimentos de forma artística nos palcos ou nas telinhas. Para começar devemos nos lembrar que a principal ferramenta de comunicação do ator é o seu próprio corpo. É através dele que nós nos comunicamos com o mundo exterior, não me refiro somente à voz (que é emitida por músculos nas cordas vocais e por tanto também pode ser treinada), mas principalmente pelo corpo como um todo. Isto mesmo, um corpo pode falar mais que mil palavras. As nossas expressões corporais são resultados de uma série de fatores psicomotores, que quando estimulados, expressão através da linguagem corporal os nossos sentimentos e emoções. Por exemplo: já percebeu que quando estamos exaustos e nos sentamos, quase que inconscientemente tomamos uma postura curvada, ficamos ofegantes e nossa musculatura toma uma expressão de cansaço. Ou quando acabamos de acordar e nosso corpo tem um aspecto de moleza ou flacidez a ponto de alguém nos olhar e dizer “tire a cama das costas”, porque está nítido em nosso corpo e no nosso rosto o que de fato está acontecendo: nós acabamos de acordar. O ator é aquele capaz de organizar e controlar a relação corpo-mente, a fim de transmitir idéias, sentimentos e emoções. No entanto essas faculdades se encontram inicialmente em um nível psíquico e precisam ser transmitidas ou expressadas, e é ai que o nosso corpo entra em questão. É ele o responsável por transmitir todas as emoções e idéias que se encontram em nossa mente. Para o ator, o corpo é o seu principal instrumento de comunicação com publico. Em resumo, as intenções e emoções são criadas em nossa mente, e expressadas no nosso corpo. Quando praticamos as aulas de teatro desenvolvemos a consciência corporal (consciência do seu próprio corpo e dos seus movimentos). É através dela que aprenderemos a controlar uma habilidade psicomotora chamada de tonicidade muscular, e é esta habilidade que define a tensão dos músculos responsáveis pelas posturas e expressões do nosso corpo. Nas aulas de teatro aprenderemos a assumir posturas, não só as posturas corporais, mas as posturas que devemos tomar em diversos momentos da nossa vida como: espírito de liderança, consciência de trabalho em equipe, autoconfiança entre outras qualidades que são uma ferramenta poderosa para o ser humano bem colocado na sociedade. Além disso, o teatro desenvolve uma série de qualidades, tais como velocidade de raciocínio, capacidade de memorização e o desenvolvimento do intelecto artístico, histórico e cultural do seu estudante. Sendo assim, o teatro é muito mais do que uma arte, ele é uma verdadeira ferramenta para a formação de um ser humano melhor.
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Postado por Ederson Porto

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Arte Marcial e Teatro ambos uma forma de interpretação e expressão

Segundo Yoshi Oida (ator e escritor japonês) em seu livro ‘’O Ator Invisível“, a arte da interpretação caminha lado a lado com as artes marciais. Para ele, tanto ator como artista marcial têm de seguir com os treinamentos físicos de forma disciplinada e aplicada e ambos têm de estudar diferentes formas de artes como canto, dança, artesanato e, principalmente, as diferentes situações em que se encontrariam: a tensão de um combate ou de atuar. Estas comparações podem ser explicadas de maneira bem simples. Segundo os grandes mestres de Kung Fu, não existe artista marcial que não seja inteligente. Ele pode ser mal treinado ou não estar maduro o suficiente, e não saber como pensar em determinadas situações; mas um experiente e bem treinado “Artista Marcial” de fato saberá como agir e pensar independente da situação em que se encontre. Com o ator não é muito diferente: ele deve ser capaz de agir e pensar de maneira rápida e sagaz enquanto estiver nos palcos ou aguardando nas coxias; deve ser capaz de perceber, mudar de planos e tomar a atitude mais coerente nos palcos quando alguma coisa não sair como havia sido planejado durante os ensaios. Os antigos samurais (guerreiros imperiais do Japão antigo) priorizavam a “limpeza”. Não só a limpeza física (do espaço ou do corpo), mas principalmente a limpeza da mente e do movimento, a concentração total e a perfeição alcançada nos mínimos detalhes. Isto só se alcançava com muito treinamento e principalmente com a prática incansável da repetição. O treinamento físico do ator não é muito diferente: é necessário muita dedicação e determinação para atingir os níveis de perfeição e precisão de movimento que o ator precisa a fim de expressar-se com verdade durante a atuação. Tanto a arte marcial quanto a arte da interpretação são baseadas principalmente na busca do auto-conhecimento e do desenvolvimento interior, uma vez que é necessário gerar mudanças internas e externas para ambas as artes. Nas camadas mais profundas da conscientização corporal, temos uma série de fatores psicomotores que interferem diretamente no controle das nossas expressões. Quando bem treinados e com um nível de alta concentração, o ator se torna capaz de falar sem emitir palavras, mover-se sem movimentos, calar-se sem silêncio. O ator, assim como o artista marcial, trabalha a vida toda em busca do aperfeiçoamento técnico e da fluidez psicofísica. Isto requer uma grande habilidade e prontidão, mantendo assim sua interpretação sempre viva. Flexibilidade do corpo e da mente, força física e espiritual, capacidade de ler o outro apenas pelo corpo assim como a de se comunicar com apenas um simples olhar, são características e qualidades que ambos, ator e artista marcial possuem quando atingem o auge do seu treinamento. Entendemos, assim, que duas artes distintas podem ter suas semelhanças. Embora haja diferentes formações e gêneros de atores e artistas marciais, aqueles que estudam a arte como um todo, chegam mais perto de encontrar um ponto de interseção entre elas, e percebem que, acima de tudo, todas as artes (plásticas, dança, música, etc) estão ligadas, unidas, e complementam-se umas às outras.
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Postado por Ederson Porto
foto: Cia Vida

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O Homem na Dança

 Está matéria vem para falar sobre a importância da figura masculina na dança e logo de inicio ressaltar o grande preconceito que o universo da dança sofre do próprio publico masculino quanto a sua prática, devido ao triste estereótipo de que todo bailarino ou dançarino é ou tem tendências homossexuais. Como professor de educação física, professor de artes marciais e estudante de Ballet Clássico, já escutei comentários do tipo “Bailarino! Isso não é coisa de homem!”, ou coisas como “Eu, no máximo, sou dançarino! Porque vou para a boate dançar”. E outros tantos comentários, que além de absurdos são completamente preconceituosos. Vamos começar por definir os termos: o que é um dançarino e o que é um bailarino. Grosso modo, não existe muita diferença entre um ou outro, se procurarmos no dicionário, que diz ser bailarino o homem que dança por profissão e dançarino, aquele que dança por ofício; ou seja, a mesma coisa. Porém, segundo alguns autores de trabalhos acadêmicos, a definição de dançarino, é qualquer pessoa que dance, e bailarino é aquele que, além de dançar, possui qualidades e aptidões que o distingue dos demais na forma de um artista, sendo capaz de dançar obras coreogáficas. Mesmo que se determine uma diferença significativa entre quem dança ballet (obra coreográfica) e quem dança livremente, isso não mudaria a importância que o homem tem dentro de todos os estilos de dança e, tampouco, afeta ou influencia a masculinidade do seu praticante. Na história da dança, a figura masculina foi protagonista por um longo período da antiguidade, onde os homens interpretavam papéis importantes em danças cerimoniosas, guerreiras, religiosas e profanas. Porém, na idade média, foi instituída uma rigorosa divisão de classes sociais, que resultou na divisão da dança em quatro principais categorias: as campestres, de artesãos, burguesas (ou eróticas), e as da corte (nobreza); e foi esta última que fez nascer o ballet. Daí por diante, as classes nobres da Europa passaram a apreciar o ballet em casamentos e comemorações que fossem realizadas pela corte, até que o Rei Luís XIV (Rei Sol) mandou que construíssem a primeira Academia Real de Dança da Europa. Por volta do século XIX, com a magnífica habilidade de dançar sobre as pontas, as bailarinas, mulheres, tomaram por absoluto o cenário da dança. O homem, então, torna-se coadjuvante, servindo praticamente apenas como pouters (suporte) para as mulheres. Nos dias de hoje, os homens voltam a tomar força nos palcos dos principais teatros e das grandes companhias de ballet, assumindo grandes papéis em peças e espetáculos, o que, porém, ainda não é o suficiente para a reversão do preconceito. Mesmo dentro das salas de aulas de Dança de Salão, onde a rejeição do público masculino é bem menor, ainda é muito comum encontrar mulheres dançando com mulheres, por falta de cavalheiros para fazerem os pares. Para quem não sabe, as danças acadêmicas e suas derivações como a Dança Moderna, o Jazz ou até mesmo a própria Dança de Salão são construídas em cima de bases didáticas e posturas hierárquicas, onde o respeito e a dedicação são princípios importantíssimos, e a busca da perfeição é feita através de muito estudo e muita, mas muita repetição. O que, aliás, é o tipo de trabalho que não é qualquer um que agüenta! Tem que ser muito homem pra ser bailarino. E é claro eu não posso deixar de falar da importância que a dança, seja ela qual for, tem para a saúde do corpo e bem estar do seu praticante, melhorando seu equilíbrio, tonificando suas musculaturas, dando-lhe melhor postura, resistência cardiorrespiratória e circulatória, musicalidade, coordenação motora, consciência corporal, força, flexibilidade, agilidade, desenvolvendo o trabalho em equipe, a expressividade corporal e melhorando seu intelecto artístico e cultural.
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Postado por: Ederson Porto